É desta forma que o antigo jogador da nossa filial de Lourenço Marques agradece ao clube que o tirou das ruas e lhe ofereceu a oportunidade de atingir o estrelato.
No meio de tanta trampa, não sei o que é mais irónico naquela entrevista: se associar o Sporting Clube de Portugal à ditadura (porque é isso que está implícito) e logo a seguir chamar “padrinho” a Salazar ou associar o Clube ao racismo precisamente na semana em que um jogador do seu clube foi acusado de ter tido atitudes racistas contra colegas de profissão negros, algo sobre o qual ainda não o ouvi falar. Veja lá, Sr. Eusébio, que hoje em dia os racistas até vestem as suas cores…
E sim, o Sporting Clube de Portugal é um clube de elite. Não que não seja um clube do povo (sempre o foi) mas é de elite, no sentido em que é composto por pessoas que lutam por aquilo que querem, que chegam ao topo através do seu esforço (o que é bem diferente de ter nascido em berço de ouro) e que comungam entre si um conjunto de valores que não vale a pena explicar a Eusébio pois ele nunca entenderá. Basta contar as vezes que símbolos do clube, como Damas, Carlos Lopes, Joaquim Agostinho ou até mesmo Peyroteo (esse sim, o melhor futebolista português de todos os tempos, que só não é reconhecido como tal porque nunca vestiu de vermelho nem tinha a máquina de propaganda salazarista por de trás) falaram do SLB de forma depreciativa… não tenho conhecimento de nenhuma. É que dar pontapés numa bola qualquer acéfalo os dá.
Mas enfim, declarações vindas de alguém que, estando em Portugal há mais de 50 anos e que adoptou este país como seu, ainda não aprendeu a falar português correctamente, sem qualquer raciocínio lógico, que confunde marisco com tremoços e anda há mais de 30 anos a viver da pensão milionária que o Estado lhe paga como “Embaixador do Desporto Português no Mundo” (titulo pomposo que, pelos vistos, não lhe dá deveres nenhuns, só regalias) valem o que valem. E Eusébio, infelizmente, não vale muito para além daquilo que foi enquanto jogador.
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